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sexta-feira, 12 de junho de 2009

Zélia Duncan reassume carreira solo em novo CD delicado e elegante


Artista em busca de si mesma, Zélia Duncan é bem típica representante do signo de escorpião: comanda sua própria carreira ao lado de fiéis colaboradores e a partir do desejo, da vontade e da delicadeza. Qualidade última esta que a própria reconheceu e atribuiu ao disco, num bate papo com a imprensa nas dependências do belíssimo Parque Lage (RJ), onde posou para fotos e atendeu a quem se interessou por essa nova fase. Eu fiz um click no momento, ali perto da piscina, esta aí!

“Pelo sabor do gesto”, nome do CD, apresenta um lindo trabalho gráfico, dois produtores e muita novidade para quem gosta de Zélia em carreira solo, após ter se aventurado e trilhado caminhos e formatos alternativos. De cara, eliminou a ansiedade natural que existe em quem produz arte e partiu por outras estradas.

Seu álbum solo anterior, “Pré-Pós-Tudo-Bossa-Band”, em 2005, precedeu um período em que Zélia se deu o direito de “sair para passear” e juntou-se a Arnaldo Baptista e Sergio Dias. Depois, a Simone. Sempre em projetos completos – incluindo DVDs e turnês. Resolveu que era hora de se dedicar a própria criação.



Ela diz: “para que gravar um disco?” E responde já no título de uma das duas versões que fez para músicas da trilha sonora de Canções de Amor, do francês Christophe Honoré. “O nome de uma das músicas virou ‘Pelo Sabor do Gesto' e era isso. Percebi que ainda quero gravar discos pelo sabor do gesto”, contou. Antes de chegar a São Paulo para ser produzida por Beto Villares, ZD foi a Belo Horizonte e gravou parte do disco com John Ulhoa no estúdio do Pato Fu. Aproveitando a ocasião, convidou Fernanda Takai para colocar voz em "Boas Razões", a outra versão da trilha francesa. Mas o disco oferece muito mais e vale a surpresa de degustá-lo. Zélia deixou livres para decisões os produtores convidados e misturou pop, rock e MPB com participação de Zeca Baleiro e composições de Moska, Ulhoa, uma inédita de Itamar Assumpção e as regravações de 'Telhados de Paris' (Nei Lisboa) e 'Ambição', de Rita Lee, cujo fonograma original na voz da roqueira ruiva é de 77.

Tirei uma foto dela tomando um chazinho pra refrescar a garganta após falar pros curioso jornalistas. Também esta aí. Recentemente, num blog de um fã de Zélia Duncan, encontrei um comentário muito curioso. “Quero sentir o gostinho de rasgar com os dentes o lacre, manusear o disco, ver a capa, folhear o encarte, gostinho que há muito tempo não sinto, em época de pirataria”. Pois é, agora você pode. Está aí o novo digital da cantora, cada dia mais importante de se ter na estante de CDs.

Um comentário:

Rosangela Comunale disse...

É isso aí, meu chapa... Essa história de CD pirata acabou com essa voracidade e frenesi, peculiares dos velhos tempos... Dos vinis, inclusive!! Belo texto, Líou! :)) Bjos!