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terça-feira, 30 de junho de 2009


Meio século de vida e uma obra inesquecível

Michael Jackson planejava qualquer coisa para os próximos anos, menos morrer



É sempre assim. Morre um ídolo mundial e os valores ao redor mudam. Para quem produz música, entretenimento, cinema... e para quem compra bilhetes das salas escuras e suportes com áudio e vídeo nas lojas. O mercado fonográfico, nefasto, vende muitos produtos quando há uma tragédia assim, mas isso é tudo passageiro! Na verdade está em crise e se alimenta, sem rumo, de tristezas como essa. E artistas do tamanho de Michael Jackson e vivos, como Madonna, verdadeiras instituições pop bilionárias, acabam “morrendo um pouco” com o autor de “Thriller”. Se eu fosse um grande ídolo-mito vivo, já teria ido plantar aipim no meio do mato. É como se fosse um sinal!

Todo mundo quer lembrar o ídolo, alguns de forma bizarra e outros pelas músicas ingênuas, mas não há quem não fale de MJ estes dias e meses. Tudo porque ele gostava de usar um derivado de morfina, há anos, e em 97 colocou essa informação de forma indireta em uma música! O grande Deus mercado transformou o menino talentoso numa máquina de fazer dinheiro. Mas o mercado é insaciável e quando você não pode mais dar o que ele quer, suga a alma do devedor. Este é o showbiz.

MJ é mega famoso e merecia atenção especial quanto a um possível tratamento psíquico (com a utilização de remédios). Ele sofreu uma parada cardíaca 12h15 e os paramédicos do hospital da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) já encontram o Rei do Pop sem respirar em sua casa, no bairro de Holmby Hills. O cantor norte-americano deixa três filhos menores. Certamente a morte mais sentida no mundo desde o assassinato de John Lennon. Kurt Cobain foi pinto perto dessa overdose do Jacko. Só não sei se essa over foi acidental mesmo – ou combinada em família, já que sua família era um traste, um lixo, uma coisa infeliz e horrorosa, da qual ninguém esta salvo. Afinal, sempre tem alguém bem escroto na sua família, que te zoa ou dá uma esfaqueada quando você menos espera! Sorte que ele tirou o pai, verdadeiro Filho da Puta da parada, de seu testemento. Afinal, ele já tinha problemas demais consigo próprio e com o mundo, mas ainda assim não se embruteceu como manda o figurino da vida, ainda mais nesse showbiz de merda onde se diz “viva intensamente, morra jovem!”

A renda bruta de Jacko seria de cerca de US$ 90 milhões, segundo cálculo da Billboard. Randy Phillips, executivo-chefe da agência que o representava nesta fase da carreira, AEG Live, garantia: 'Michael está com uma forma física incrível'. E dizia para o público devia esperar uma experiência multimídia que seria "a mais avançada jamais empregada em uma turnê. Estamos usando tecnologia nunca antes utilizada em entretenimento ao vivo".


sexta-feira, 12 de junho de 2009

Zélia Duncan reassume carreira solo em novo CD delicado e elegante


Artista em busca de si mesma, Zélia Duncan é bem típica representante do signo de escorpião: comanda sua própria carreira ao lado de fiéis colaboradores e a partir do desejo, da vontade e da delicadeza. Qualidade última esta que a própria reconheceu e atribuiu ao disco, num bate papo com a imprensa nas dependências do belíssimo Parque Lage (RJ), onde posou para fotos e atendeu a quem se interessou por essa nova fase. Eu fiz um click no momento, ali perto da piscina, esta aí!

“Pelo sabor do gesto”, nome do CD, apresenta um lindo trabalho gráfico, dois produtores e muita novidade para quem gosta de Zélia em carreira solo, após ter se aventurado e trilhado caminhos e formatos alternativos. De cara, eliminou a ansiedade natural que existe em quem produz arte e partiu por outras estradas.

Seu álbum solo anterior, “Pré-Pós-Tudo-Bossa-Band”, em 2005, precedeu um período em que Zélia se deu o direito de “sair para passear” e juntou-se a Arnaldo Baptista e Sergio Dias. Depois, a Simone. Sempre em projetos completos – incluindo DVDs e turnês. Resolveu que era hora de se dedicar a própria criação.



Ela diz: “para que gravar um disco?” E responde já no título de uma das duas versões que fez para músicas da trilha sonora de Canções de Amor, do francês Christophe Honoré. “O nome de uma das músicas virou ‘Pelo Sabor do Gesto' e era isso. Percebi que ainda quero gravar discos pelo sabor do gesto”, contou. Antes de chegar a São Paulo para ser produzida por Beto Villares, ZD foi a Belo Horizonte e gravou parte do disco com John Ulhoa no estúdio do Pato Fu. Aproveitando a ocasião, convidou Fernanda Takai para colocar voz em "Boas Razões", a outra versão da trilha francesa. Mas o disco oferece muito mais e vale a surpresa de degustá-lo. Zélia deixou livres para decisões os produtores convidados e misturou pop, rock e MPB com participação de Zeca Baleiro e composições de Moska, Ulhoa, uma inédita de Itamar Assumpção e as regravações de 'Telhados de Paris' (Nei Lisboa) e 'Ambição', de Rita Lee, cujo fonograma original na voz da roqueira ruiva é de 77.

Tirei uma foto dela tomando um chazinho pra refrescar a garganta após falar pros curioso jornalistas. Também esta aí. Recentemente, num blog de um fã de Zélia Duncan, encontrei um comentário muito curioso. “Quero sentir o gostinho de rasgar com os dentes o lacre, manusear o disco, ver a capa, folhear o encarte, gostinho que há muito tempo não sinto, em época de pirataria”. Pois é, agora você pode. Está aí o novo digital da cantora, cada dia mais importante de se ter na estante de CDs.